Associação de Pais do Agrupamento Marcelino Mesquita em protesto pela recusa do financiamento do Ensino Articulado de Música no Cartaxo
Associação de Pais quer mobilizar toda a comunidade para contestar estes resultados “para conseguirmos que o Município do Cartaxo tenha aquilo que merece que é um ensino público, gratuito e que deve ter o ensino especializado da música”. Esta quinta-feira, 26 de setembro, vieram à Assembleia Municipal do Cartaxo apresentar a sua indignação pela recusa do Ministério da Educação ao financiamento do Ensino Articulado de Música no Cartaxo.
O Município do Cartaxo e o Agrupamento de Escolas Marcelino Mesquita assinaram um contrato de protocolo de colaboração com o Conservatório Regional de Música de Santarém, que é a única entidade na Lezíria do Tejo que pode concorrer aos contratos de patrocínio com o Ministério de Educação. Contratos de patrocínio esses que permitem o financiamento para o ensino artístico especializado da música gratuito na escola pública. O Município do Cartaxo comprometeu-se a assegurar o transporte dos alunos, o Agrupamento de Escolas Marcelino Mesquita assegura as instalações e o Conservatório Regional de Música de Santarém o ensino de três disciplinas de música, aula de instrumento, a aula de formação musical e a aula de classe conjunta.
Foi aprovada, pelo Ministério da Educação, uma turma de 16 alunos, 14 fizeram as provas no Conservatório de Santarém, alcançaram das melhores notas registadas pelo Conservatório, e agora receberam a notícia de que o financiamento foi recusado.
O Cartaxo está integrado na região da Lezíria do Tejo que está no fim da tabela, só tem 1,7% de alunos financiados apesar de ter mais alunos do que, por exemplo, a região do Médio Tejo que tem 12% de alunos financiados. Os pais destes alunos estão indignados sobretudo porque não percebem quais os critérios que fundamentaram esta recusa.
Esta quinta-feira, 26 de setembro, foram à Assembleia Municipal do Cartaxo explicar a situação e o percurso que fizeram para chegar até aqui, todas as bancadas com representação na Assembleia (PSD, PS, CH, BE), exceto a CDU que não se fez representar neste dia, disseram estar ao lado dos pais e garantiram que iriam protestar contra esta recusa por parte do Ministério da Educação que consideram injusta.
João Heitor garantiu que “nós não vamos em nenhum momento baixar os braços, vamos aqui, em conjunto, Município, Agrupamento, pais, continuar a insistir e a persistir naquilo que achamos que é um direito. É um direito que conquistámos, para o qual trabalhámos e para o qual nos foi dada uma expetativa positiva”, o presidente da Câmara Municipal assegurou que “vamos aproveitar este período de audiência dos interessados para também nós formalizarmos uma reclamação”.