Adega do Cartaxo lança TEJO em homenagem à região e ao rio

Fundada a 05 de maio de 1954, a Adega do Cartaxo celebrou 70 anos de atividade, assinalados com o lançamento de uma edição especial de um vinho comemorativo. Mas as novidades não se ficam por aqui. Seguiram-se duas novas referências na marca Detalhe, que aos Reserva branco e tinto, juntou agora um branco de Chardonnay e um tinto de Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon. Para fechar o ano em grande, mais uma estreia, desta vez, em forma de marca, materializada em dois vinhos que nascem para homenageiam as castas rainhas da região, a dupla Fernão Pires e Castelão.

Com um caminho bastante sustentado e bem-sucedido, numa linha de vinhos clássica, a Adega do Cartaxo tem vindo a apostar em novas formas de vinificação, que se traduzem em vinhos “alinhados” com as tendências atuais. Mostra assim, de forma efetiva, que um grande produtor pode, deve e até tem mais espaço de manobra e matéria-prima para fazer vinhos de nicho, chegando, com o seu portefólio de A a Z, a todos os palatos. Inspirada na região, no rio que a atravessa e nas suas castas rainhas, a Adega do Cartaxo estreia uma marca com o TEJO em destaque nos rótulos de um branco de Fernão Pires e de um tinto de Castelão. Do Tejo, nascem dois vinhos com perfis bastante diferentes do que a Adega do Cartaxo e o enólogo Pedro Gil tem criado: um branco com maceração pelicular, feita a frio, e um tinto com pouca extração e perfil assumidamente glu glu

“A Adega do Cartaxo é um dos maiores players da região dos Vinhos do Tejo, assumindo, de forma honrada e comprometida, o seu papel socioeconómico. Raro – ou até único no país –, aposta na certificação da totalidade dos vinhos que produz, ultrapassando a barreira dos 10 milhões de litros. Assim, todos os vinhos envergam selos de garantia de qualidade e origem Tejo – Denominação de Origem (DO) ou Indicação Geográfica Protegida (IG) – no (contra)rótulo. Esta nova marca é mais um passo no compromisso com a região, homenageando o terroir e o rio que a atravessa. Da autoria do designer Renato Costa, do Bisarro Studio, os vinhos Adega do Cartaxo TEJO têm uma imagem clean e desprovida de elementos gráficos, mas marcante, com destaque dado ao Tejo e aos gradientes de cores com que nos brinda ao longo do dia.”, afirma Fausto Silva, diretor comercial da Adega. 

Tal como no Douro, o rio Tejo teve um papel muito importante para os vinhos da região. Os vinhos produzidos no Cartaxo eram encaminhados para o rio Tejo, em Valada, de onde partiam nos barcos varinos, até Lisboa e de lá para as ex-colónias. Durante muito tempo, a capital foi alimentada com produtos e vinhos do Cartaxo, algo que a Adega acalenta voltar a ver ‘realizado’. Ter um Tejo à mesa deverá ser um privilégio. 

 

Foto: Gonçalo Villaverde

Adega do Cartaxo TEJO Fernão Pires branco 2022

A casta Fernão Pires é a variedade branca mais plantada em Portugal. É, também, a mais versátil, permitindo obter vinhos dos mais frutados e frescos aos mais elaborados e complexos. O Adega do Cartaxo TEJO Fernão Pires 2022 é exemplo disso. A vindima foi mecânica, a fim de preservar as características organoléticas das uvas, que foram totalmente desengaçadas e esmagadas. Seguiu-se uma maceração a frio, durante 3 dias, com levedura não saccharomyces (para bioproteção) e posterior fermentação alcoólica em barricas de 500 litros, durante 3 semanas a 16.ºC. Estágio em barricas, com batonnage, durante quatro meses. Engarrafamento a 18 de agosto de 2023. 

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É um branco estruturado pela presença do engaço na vinificação. De aspeto límpido e cor palha, é um vinho assumidamente gastronómico e que revela um lado mais complexo da casta Fernão Pires. Pouco direto, é um branco que dá luta e com o qual apetece namorar, descobrindo as suas várias camadas. Com um aroma intenso e complexo, apresenta notas de fruta tropical madura, flores brancas, laranja cristalizada, pêssego, marmelo e toque final de mel. Na boca, o sabor é intenso, frutado e fresco, com volume e untuosidade. Alguma evolução, com presença de tanino fino e salinidade a reforçar a sua frescura. Termina longo e persistente. Uma ode à gastronomia, ideal para acompanhar carnes brancas e peixes gordos. Deve ser consumido à temperatura de 12.º C. A prova de vinhos mais antigos, comprova a grande capacidade de envelhecimento e longevidade da casta Fernão Pires.

As uvas de Fernão Pires que dão origem ao Adega do Cartaxo TEJO têm origem na Quinta da Vila Chã, situada na fronteira do concelho do Cartaxo com o de Azambuja, nas freguesias de Ereira e Maçussa. A vinha está plantada numa encosta com exposição sudoeste e em solos argilo-calcários. Durante o período de maturação, é frequente termos manhãs muito frescas e tardes muito quentes, com acentuado arrefecimento noturno, muitas vezes com diferencial de temperaturas a rondar os 25ºC e a originar orvalheiras significativas, onde é notória a presença de sal – ou não estivessem estas vinhas em frente à Serra do Montejunto, a cerca de 40 km em linha reta do mar. Os ventos que sopram em final de tarde, com orientação ora de oeste, ora de noroeste, ao transporem a serra provocam um arrefecimento da massa de ar, condensando formando as referidas orvalheiras. Com uma harmonização bastante eclética, deve ser servido a 12.ºC.

Foto: Gonçalo Vilaverde

Adega do Cartaxo TEJO Castelão tinto 2023

Castelão é uma das castas mais plantadas em Portugal e é a variedade tinta mais presente no encepamento do Tejo. Nem sempre bem interpretada, é uma das castas mais versáteis, comportando-se muito bem desde as vinificações mais clássicas, às mais arrojadas: espumantes, brancos e rosés. Uma vez encontrado o seu equilíbrio produtivo, conseguem-se vinhos com excelente potencial de envelhecimento. Para o Adega do Cartaxo Castelão tinto 2023, a abordagem foi de uma colheita mais precoce das uvas, seguida de uma vinificação menos extrativa, a fim de ser obter um vinho frutado e fresco, para beber com prazer e sem preocupação. Vindima mecânica, desengace total e esmagamento. Maceração a frio, durante 3 dias, com levedura não saccharomyces (bioproteção) e posterior de fermentação em cuba de inox, a 20.ºC, durante 3 dias. Foi engarrafado a 12 de julho de 2024.

De aspeto límpido e de cor rubi, apresenta aroma intenso, com notas de fruta fresca do tipo amoras silvestres, framboesa e ligeiro toque vegetal. No sabor, é frutado e fresco, com tanino fino a conferir estrutura, persistência e bom final de boca. Um tinto para beber a solo ou com comida. Com um perfil todo-o-terreno à mesa, deve ser consumido a 16.ºC e pede proteína, da carne ao peixe, da soja ao tofu; massas, arrozes e pizzas, assim como queijos suaves. 

As uvas que dão origem ao Adega do Cartaxo Castelão tinto 2023 são provenientes de uma parcela instalada em solos argilo-calcários com orientação norte-sul e exposição este-oeste, possibilitando excelentes condições de maturação. Embora de sequeiro, os terrenos são frescos, possibilitando, desta forma, uma colheita precoce e a manter toda a frescura das uvas.

 

À venda, em exclusivo, em restaurantes, garrafeiras e lojas especializadas. PVP: €14,50

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