Deixem-se de política mesquinha

"Vivemos tempos estranhos na democracia, em que o debate de ideias é substituído pelo ataque pessoal. Num país que grita por desenvolvimento, muitos políticos optam pela mesquinhez e por espezinhar os seus adversários políticos. Desde muito antes de eu anunciar a minha candidatura, o PSD percebeu que eu constituía um “perigo” ao seu “reinado”, que pretendem ser longo. E desde aí que os ataques não param", por Ricardo Magalhães.

Vivemos tempos estranhos na democracia, em que o debate de ideias é substituído pelo ataque pessoal. Num país que grita por desenvolvimento, muitos políticos optam pela mesquinhez e por espezinhar os seus adversários políticos. Desde muito antes de eu anunciar a minha candidatura, o PSD percebeu que eu constituía um “perigo” ao seu “reinado”, que pretendem ser longo. E desde aí que os ataques não param.

A minha apresentação é simples: fui durante anos aluno de excelência na Escola Secundária do Cartaxo, formei-me em Engenharia Mecânica na melhor faculdade do país e nela continuo a trabalhar como investigador científico e consultor de otimização de processos para multinacionais com projetos um pouco por todo o mundo. A minha distinção como um dos 50 maiores talentos na área da tecnologia em Portugal e a participação em programas de desenvolvimento de empresas na melhor faculdade de Engenharia do mundo prometiam-me outros voos.

Mas é duro constatar o estado da democracia em Portugal. A política precisa de pessoas e maneiras de estar novas. E resolvi abdicar de outros desafios profissionais nesta fase da minha vida para me dedicar à terra que me viu nascer. Como já muitos sabem, sou candidato à Presidência da Câmara Municipal do Cartaxo. Sou grato ao Partido Socialista pela aposta que fez em mim, mas quis sempre deixar claro que venho para mudar a Política, não só o Presidente.

E para isso é preciso mudar a forma de fazer as coisas. Se as pessoas já não confiam na democracia, é culpa dos políticos que as governaram. E eu não tenho problemas em pagar pelos erros que os políticos cometeram no passado por todo o país (sem radicalismos e não apagando as suas virtudes). Para mudar a Política é preciso ir até às coisas mais simples, como abdicar das regalias de Presidente e exigir que as regras são para se cumprir e são iguais para todos.

Vivemos num Município que ainda vive dependente da Câmara Municipal e em que os seus políticos passam maior parte do tempo isolados nos seus gabinetes. É preciso acabar com isso. Para gerar desenvolvimento económico, para resolver os problemas das pessoas e para não esbanjar dinheiro dos nossos impostos. Como as coisas estão hoje, os nossos filhos não terão dinheiro para comprar casa no Cartaxo, nem a sua terra poderá proporcionar-lhes as oportunidades de trabalho e qualidade de vida que necessitam.

Posto isto, com tantas coisas importantes para resolver, e perante uma oportunidade de valorizar a Vinartchã (a decorrer este fim de semana em Vila Chã de Ourique), o Presidente da Câmara esteve mais preocupado em remover-me das fotografias que tirou junto de mim no certame. Não faço questão de estar, nem ser mais um a ficar conhecido pelo populismo das “selfies” de auto-promoção. Mas esta ação dá conta uma vez mais da mesquinhez com que atuam e vem somar-se aos repetidos ataques de caráter, de competência e de personalidade que tentam fazer à minha pessoa. Não é destas “políticas” que o Cartaxo precisa. Comigo não será assim.

Isuvol
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