Obrigado Pedro Ribeiro e boa sorte João Heitor

Por Pedro Mendonça
Passado o calor da campanha eleitoral e os resultados eleitorais no Cartaxo, é essencial que olhemos para o futuro com esperança e crença que os eleitos do PSD estão à altura da sua hercúlea tarefa de mudar o ciclo governativo no nosso Concelho. João Heitor e o PSD conseguiram algo que a Direita procurava desde 1976, estou convicto que tudo farão para melhorar a vida dos cartaxeiros.

É de capital justiça nesta hora de agradecer o trabalho que Pedro Ribeiro e a sua equipa deram ao Cartaxo entre 2013 e 2021.

Pedro Ribeiro foi eleito minoritariamente em 2013 com a terra em rebuliço, com a ação partidária ao rubro, com a Câmara falida, desorganizada, com os trabalhadores desmotivados, com prazos de pagamentos a fornecedores de 373 dias, com falta de dinheiro crónica e receitas previstas para esse mandato já gastas em mandatos anteriores. De uma forma mais clara e simples, Pedro Ribeiro começou em 2013 o seu primeiro mandato enquanto presidente da Câmara com o Cartaxo em farrapos e concordemos ou não com a sua prestação, entrega ao seu sucessor uma terra normalizada, com a corda na garganta financeiramente, mas uma terra que já consegue partir para outro ciclo sem o peso de ser uma terra malvista, com suspeitas de corrupção e em quem ninguém confiava.

Nestes últimos oito anos, a maior conquista de Pedro Ribeiro foi essa normalização da vida democrática no Cartaxo. Até 2013 o Cartaxo era uma terra sem pão, onde toda a gente gritava e ninguém teria toda a razão e isso com Pedro Ribeiro terminou, tendo inclusive sido elogiado no final desse primeiro mandato pelos Vereadores da oposição, que afirmaram que dificilmente seria possível ter governado a terra de 2013 a 2017 de forma diferente da que fez Pedro Ribeiro.

Devido a essa capacidade de normalização e acalmia, Pedro Ribeiro e o PS conseguiram em 2017 uma extraordinária maioria absoluta. O Povo do Cartaxo mostrou assim o seu agradecimento ao seu Presidente pelo fim de anos e anos de confusão, caos e incompetência da responsabilidade dos seus dois antecessores, Paulo Caldas e Paulo Varanda, ambos eleitos pelo seu partido.

No seu último mandato, já com a casa arrumada e com maioria absoluta, Pedro Ribeiro foi vítima de três fatores que dificilmente, sabemos agora, lhe permitiriam a reeleição: o facto de as expectativas sobre o seu trabalho serem infinitamente maiores do que em relação a 2013-2017, o facto do seu partido estar há 47 anos, sem falhas, no Poder e o facto de não ter ele próprio entendido que o prazo dado pelos Cartaxeiros para que resolvesse 12 anos de incúria e desastre já tinha terminado.

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Em 2021 os cidadãos apostaram numa mudança de ciclo, de protagonistas e de partido, no entanto, estou crente que reconhecem o trabalho de Pedro Ribeiro e do seu vice-presidente Fernando Amorim, obreiros da possibilidade de o Cartaxo ter “Acreditado no Futuro”, a ideia chave prometida pelos eleitos do PSD. Sem o trabalho de arrumar a casa feito por Ribeiro, não teria havido a possibilidade de esperança e de mudança que os eleitores demonstraram nas urnas.

Acredito que João Heitor, Pedro Reis, Maria João Oliveira e Fátima Vinagre são pessoas sensatas, trabalhadoras e com amor à terra e aos outros, acredito também que têm consciência que a mudança que preconizam só existirá se for feita com Todos e para Todos. Não posso, também por nisso acreditar, de deixar de agradecer a Pedro Ribeiro, com quem tantas vezes discordei e espero virei a discordar. A política e o país não podem desperdiçar cidadãos como Pedro Ribeiro.

Pode não ser o tempo de todos aceitarem o que escrevo sem hesitação, mas o Cartaxo apesar de ter desejado de forma clara outro Presidente de Câmara e outro projeto, agradece a Pedro Ribeiro a dedicação e o trabalho feito em prol da nossa terra e da nossa Comunidade.

Obrigado Pedro Ribeiro e boa sorte João Heitor. Sem o trabalho de um, não poderia existir esperança no trabalho do outro.

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