Desafios municipais para 2022

Opinião de João Pedro Barroca

Nos últimos meses tenho verificado que o novo Executivo local eleito pelo Partido Social Democrata tem vindo a evidenciar um empenho notório para gradualmente devolver a alegria e o orgulho cartaxeiro outrora quase perdido. Neste seguimento atribuo principal destaque ao evento Viver os Santos e Viver o Natal, que recentemente tiveram um impacto muito positivo na comunidade local.

Alguns dos principais desafios para o novo ano
No final do ano passado foi aprovado o novo Orçamento Municipal, que futuramente irá com certeza contribuir para a superação dos desafios locais, que estão diretamente relacionados com a nossa qualidade de vida e bem-estar. Neste seguimento, considero fundamental que este Executivo ao longo do seu mandato, considere este instrumento como uma ferramenta de gestão estrategicamente importante para o desenvolvimento económico-social do nosso concelho, para além do cariz contabilístico e meramente financeiro que habitualmente se reveste.

Para além disso, também, a um nível operacional é importante apostar na reorganização e valorização dos recursos humanos que estão ao serviço do município, com o objetivo de prestarem aos munícipes um serviço cada vez mais útil e eficaz.

Por outro lado, a um nível estratégico, tendo em consideração que não existe outro caminho para fortalecer a economia local, que não seja pela via da captação de investimento e criação de emprego, considero que o principal desafio que se coloca ao Executivo Municipal, em 2022, será a recuperação ou a criação de raiz de uma nova Área de Localização Empresarial que permita a fixação de empresas que não raras vezes procuram o concelho do Cartaxo para a realização dos seus investimentos. Para além disso, também, não é menos importante a criação de políticas locais de incentivo ao empreendedorismo, nomeadamente que permitam a criação de negócios inovadores com elevado valor acrescentado, com o intuito de captar mão-de-obra altamente qualificada e com um poder de compra significativo.

Defendo que este tipo de políticas, muito resumidamente, devem assentar num conjunto de ações que promovam uma triangulação entre a Autarquia enquanto agente facilitador e impulsionador do desenvolvimento, os Agentes Económicos e os Centros de Conhecimento onde deverão estar incluídas as instituições de ensino superior, escolas, centros de formação profissional e tecnológicos.

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Por último, outro desafio local que considero pertinente, consiste na criação de políticas de acesso à habitação, que permitam controlar a especulação que se tem vindo a verificar ao nível do arrendamento habitacional e aquisição.

Como é do conhecimento geral outros desafios existirão, igualmente importantes, mas, ficarão para uma próxima abordagem.

Da Economia à Política Local
Este é o novo tema deste espaço de opinião que, pontualmente, continuarei a desenvolver no Jornal de Cá, com o intuito de dar o meu modesto contributo para o debate de ideias e estratégias pertinentes para o desenvolvimento do nosso concelho, continuando a ter por base uma abordagem assente na economia, não descurando um olhar cada vez mais atento pela política local e seus principais atores.

*Artigo publicado na edição de janeiro do Jornal de Cá.

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