Opinião de Ricardo Magalhães
As eleições autárquicas estão aí à porta e a sua chegada marca o final do segundo mandato do executivo do Partido Socialista comandado por Pedro Ribeiro e Fernando Amorim. Chega então o momento de fazer uma análise ao caminho percorrido: de onde saímos em 2013 e até onde chegámos em 2021. Chega o momento no fundo de prestar contas a quem nos últimos 8 anos confiou no trabalho, perseverança e empenho de toda uma equipa motivada em fazer bem ao nosso concelho e a cada uma das suas freguesias.
Vejamos, portanto. Em 2013 o nome do Cartaxo estava na lama. Todo o país sabia que vivíamos num município caloteiro. Um município que nem à EDP pagava as suas obrigações, que acumulava dívidas impossíveis de esconder mais debaixo do tapete e que se encontrava em risco de deixar de conseguir prestar à população serviços tão básicos como assegurar o transporte escolar das nossas crianças. Era precisa coragem para pôr as mãos ao leme do navio naufragado em que se havia tornado o nosso concelho. Era precisa ambição para olhar os destroços e mesmo assim ousar concretizar novos feitos e conquistas. E era também precisa competência e conhecimento para reconstruir este navio, que teria de ser forte e robusto.
Felizmente, pudemos encontrar essas qualidades nas equipas do Partido Socialista que desde 2013 assumiram o comando deste navio, não só na Câmara, mas em cada uma das freguesias. Hoje o nosso município recuperou o seu bom nome. A título de exemplo, as dívidas a fornecedores a mais de 90 dias passaram de 22,95 M€ em 2013 para 0 no final de 2020, uma redução de 100%. O prazo médio de pagamentos passou de 373 dias em 2013 para 29 dias no final de 2020, uma redução de 344 dias. Voltámos, portanto, a sentir o apreço de viver num concelho que honra as suas responsabilidades. Que paga aquilo que deve, tal como os nossos pais, mães e avós sempre nos ensinaram.
Este último mandato foi fortemente marcado pela pandemia e pelos seus efeitos sociais e económicos devastadores. Ao todo, 40% deste mandato foi dedicado ao combate ao Covid-19 e apoio à população. Os custos e a urgência desta atuação levaram a que não fosse possível conquistar tudo o que se pretendia para este mandato. Mas a verdade é que, mesmo assim, foi realizado neste mandato o maior investimento de sempre na educação (2,5€ milhões), com a construção e reabilitação de escolas e centros escolares, e o maior investimento de sempre em saneamento básico (8€ milhões), através da construção de 3 ETAR’s cuja ausência era há décadas um problema para as nossas populações. É agora tempo de exigir o apoio do Governo e lutar pela construção de um novo centro de saúde no Cartaxo, de forma assegurar o digno acesso de todos os cartaxeiros a cuidados de saúde próximos e de qualidade.
Fazer bem é isto mesmo. É honrar os valores e princípios do Partido Socialista. É dar mais e melhores condições para a formação e desenvolvimento das nossas crianças. É responder aos problemas das pessoas. É cuidar da saúde dos nossos cidadãos. É ter orgulho em ser cartaxeiro e trabalhar para que no futuro seja feito ainda mais e melhor. Por tudo isto, hoje o Cartaxo está mais forte. E um Cartaxo mais forte é um Cartaxo melhor, liderado por gente nascida e criada na nossa terra e a que a ela se escolheu dedicar e servir.
*Artigo publicado na edição de agosto do Jornal de Cá.