O Museu da Comida e da Cozinha vai nascer em Vale da Pinta, no concelho do Cartaxo, pela mão da Área de Serviço – Associação de Criação Artística do Cartaxo, com a colaboração de várias entidades locais e nacionais.
Este será um espaço onde se pretende dar vida ao mundo da culinária com exposições, workshops, cursos, conversas e muito mais.
“O que comemos, como comemos e porquê? De uma forma informativa e ativa, vamos acompanhar o percurso dos produtos desde o terreno onde nascem e crescem, até à mesa, passando pela cozinha”, com o objetivo de “ser o principal foco de debate, conversa e discussão, arquivo, conservação e tratamento da história da comida e da cozinha em Portugal, assim como um recurso educativo que possa inspirar consumidores de todas as idades e percursos”, diz a nota informativa dos seus promotores, que com este projeto pretendem “educar o público e encorajar a apreciação pela história e antropologia da história gastronómica e inspirar a nova geração de consumidores, chefes, cozinheiros, educadores e produtores”, preservando e divulgando pratos regionais e tradições gastronómicas perdidas no tempo, ao mesmo tempo que se dá a conhecer novas formas de cozinhar e comer.
Será um Museu sobre comida e cozinha com três principais focos distintos: os produtos, a cozinha e a mesa. “Terá uma forte componente educacional concretizada com um serviço educacional a funcionar e a receber escolas todas as semanas com desafios criados propositadamente para o público em idade escolar. Aos fins de semana será altura das famílias que encontraram neste espaço não apenas o Museu mas também um espaço para comer e passar um bocado agradável. Durante todo o ano haverá cursos, workshops, sessões com filmes”, entre outros.
A escolha de Vale da Pinta para acolher este espaço tem várias razões: para além da proximidade e fácil a cesso à capital do país, esta localidade situada no interior “também merece museus assim”. “Esta aldeia junta-se à volta da mesa sempre que lhe dão oportunidade. Da vida difícil dos seus habitantes, trabalhadores nos campos de outros, surgiram os melhores pratos. Simples, com o que a terra dá, mas que ainda hoje são presença nas mesas de cada família. A manja. A massa de bacalhau. O torricado. As misturadas. Tudo acompanhado com azeitonas quando não havia mais nada. O pão que as mulheres amassavam. O arroz doce que se distribuía antes dos casamentos acompanhado de coscorões e que, ainda hoje, não há festa em que não esteja presente”.
Ainda antes do museu físico, irá existir o Museu Digital online “com mostras de peças do futuro museu, com um restaurante histórico em destaque por mês, com um prato da gastronomia portuguesa também a ser destacado, assim como um chef da galeria em destaque”, informa a Área de Serviço.