A bancada do PS na Assembleia da União de Freguesias Cartaxo e Vale da Pinta criticou a falta de cumprimento do plano de contingência da sala, no âmbito da covid-19, para a realização da reunião ordinária, no passado dia 30 de dezembro, no edifício da Junta de Freguesia de Vale da Pinta, tendo um dos seus elementos abandonado a sala por não se sentir “em segurança”.
A presidente da mesa, Mari Vieira, deu início à Assembleia agradecendo a presença de todos, numa altura de “crise pandémica”, com o concelho a registar cerca de 300 casos positivos ativos, e lembrando que a sessão de assembleia já estava marcada há dias e tinha de realizar-se, tendo em conta os pontos de trabalho em questão – as grandes opções do plano e o orçamento para 2022. Como tal, pediu a todos que mantivessem a máscara colocada, mesmo durante as intervenções. Mas para o Partido Socialista não estavam reunidas “as devidas condições”.
Sensivelmente, aos sete minutos de assembleia, durante o período dedicado aos assuntos de interesse para a união de freguesias, Hugo Vieira, do PS, interveio a propósito da realização da assembleia “nestas condições”, duvidando que “esta assembleia cumpra o plano de contingência da sala e que esteja cumprida a distância de segurança e o número de pessoas aqui presentes, assim como as normas que se deviam estar a seguir nesta altura”. O deputado do PS considera que estas condições deveriam ter sido tomadas em conta, “não só pela saúde de todos, mas também pelo respeito institucional que deveria existir”, frisando que, “claramente, estão pessoas a mais nesta sala e nós temos salas na nossa freguesia onde seria possível realizar esta assembleia com as devidas condições”.
Inês Santos, da bancada do PS, veio corroborar a intervenção de Hugo Vieira, afirmando não se sentir “em segurança”. “Há demasiadas pessoas nesta sala, demasiado próximas, a respirar o mesmo ar”, disse a deputada em substituição, temendo pela saúde da família e dos utentes (idosos) com quem lida a nível profissional. Na sua opinião, aquela assembleia não deveria prosseguir.
Foi, então, proposto pela mesa da assembleia a votação à continuidade dos trabalhos ou ao seu adiamento, tendo sido aprovado por maioria prosseguir com a sessão. Contudo, a deputada do PS abandonou a sala, porque não achou correto que se continuasse a assembleia com “20 pessoas” naquela sala.
A assembleia continuou, durando cerca de três horas, com uma remodelação rápida da sala, afastando-se os lugares sentados entre os presentes e abrindo-se janelas.