Opinião de João Pedro Barroca
Este artigo de opinião possui um formato e um objetivo diferentes do habitual, pois, tendo em consideração a pandemia atual e as consequências sócio-económicas que a mesma está a ter na nossa sociedade, considerei pertinente estruturar um texto que forneça informação útil a todos os empresários do concelho do Cartaxo.
Neste seguimento escrevo cinco breves conselhos de gestão, que poderão ser entendidas como boas práticas a considerar para minimizar o impacto negativo desta pandemia nas empresas.
#1 Prever Fluxos de Entrada e Saída de Dinheiro
A construção de cenários relacionados com a atividade económica da empresa, deverá ser realizada com intuito de estimar o cash-flow gerado pela mesma e evitar ruturas de tesouraria que coloquem em risco o negócio.
#2 Diversifcar as Opções de Financiamento
As empresas devem diversificar as suas fontes de financiamento, optando por estratégias alternativas que sejam menos onerosas e não coloquem em risco a sustentabilidade da dívida existente.
#3 Monitorizar a Liquidez Diariamente
As empresas devem monitorizar a sua liquidez diariamente, fazendo uma previsão das suas necessidades de fundo maneio a curto prazo.
#4 Analisar as Novas Linhas de Crédito
As empresas devem analisar as novas linhas de financiamento de apoio à tesouraria e fundo de maneio, com o intuito de decidirem se as mesmas poderão ser benéficas ao desenvolvimento da sua atividade económica.
#5 Analisar as Novas Formas de Lay-off
As empresas devem manter-se informadas sobre as alterações existentes na legislação laboral nomeadamente com a criação do Lay-off Simplificado.
Neste seguimento, gostaria de deixar o meu agradecimento pessoal a todos os profissionais do nosso concelho que se encontram na linha da frente de combate à pandemia atual, bem como a todos aqueles que têm contribuído para que a economia local não paralise por completo.
Para além disso, é com enorme satisfação que verifico que a AMECC – Associação Movimento Empresarial do Concelho do Cartaxo tem tido uma posicionamento bastante ativo na defesa dos interesses dos empresários do nosso concelho, o que sem dúvida é um indicador bastante positivo para a dinâmica empresarial que deve ser criada no futuro.
Gostaria, por fim, de ressalvar que escrevi este artigo na qualidade de economista especializado em finanças empresariais e gestão estratégica, permitindo um momento de reflexão sobre a gestão que cada um pratica nas suas empresas, sem prejuízo dos mesmos tomarem sempre as suas decisões por sua conta e risco.
*Artigo publicado na edição de maio do Jornal de Cá.