Dinamizar a escola de música é a aposta da nova direção da SFIP

A Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense (SFIP) já tem novos corpos sociais, a tomada de posse decorreu no dia 16 de maio na sede da coletividade, em Pontével. Esta semana, falámos com o José António Sobreira, que continua como presidente da direção, José António Silva, vice-presidente, e Nuno Azevedo, primeiro secretário, sobre os desafios para o biénio.

José António Sobreira está ligado à SFIP há cerca de 30 anos, já fez parte da mesa da Assembleia, do Conselho Fiscal e da Direção, de que é presidente deste 2018. “Quando vim para aqui, em 2018, com uma equipa de pessoas da terra, foi com três objetivos: o primeiro foi concretizado cinco meses depois de tomarmos posse, que foi o pagamento da dívida, o segundo objetivo era a escola de música e o terceiro objetivo era deixar isto tudo legalizado como deve ser, com as licenças todas atualizadas e tudo em dia”, conta o dirigente, que entretanto, também conseguiu fazer obras de requalificação como a pintura total do exterior do edifício sede, em 2023, e colocar 38 painéis solares no telhado que permitiu “reduzir em mais de 30% o valor de energia que nós pagamos”.

As pessoas estão disponíveis para ajudar, mas “ninguém quer a responsabilidade” de assumir cargos de direção e, por isso, não foi fácil encontrar os elementos necessários para os corpos sociais e dirigir a coletividade, lamenta o presidente da direção que resolveu continuar no cargo porque “agora, que tínhamos uma escola de música com bastantes alunos, a grande maioria, para não dizer 90%, já com instrumentos, já a treinar em instrumento, e vendo o entusiasmo de alguns jovens que aí andam, senti-me na obrigação de continuar e levar isto para a frente”.

Nuno Azevedo, é o primeiro secretário, “o ano passado propus-me a aprender um instrumento. Uma paixão antiga. Já conheço este pessoal há muito tempo. Surgiu o convite, ainda que não tenha nenhuma experiência aceitei e venho também para arregaçar mangas e trabalhar com eles e tentar perceber o que é que esta casa significa em termos de trabalho. Sempre estive de fora, apesar de ser da terra. Sabia das dificuldades da coletividade, mas por agora é uma questão de aprender com esta gente maravilhosa, que aceita, todos os anos, levar esta casa para frente e tentar perceber de facto o que é isto e continuar”, garante o elemento mais jovem da nova direção, que conta ainda com João Lopes que se mantém como tesoureiro e Catarina Barra, que é a segunda secretária e os vogais Pedro Coito e o José Ribeiro.

Entretanto, a banda ficou sem maestro, João Guerra pediu para sair, mas “Edgar Nogueira, que já cá esteve em 2005, aceitou o desafio e está de corpo e alma connosco”, assegura José António Sobreira.

Nos próximos dois anos a nova direção quer apostar sobretudo na dinamização da escola de música “o nosso objetivo é esse. Formar pessoas. Formar alunos, formar músicos”, refere o dirigente, “esta casa faz 120 anos este ano. É bom que se lembre isto”, e no aniversário, em outubro, a SFIP quer fazer um encontro de bandas, “é os 120 anos e vamos tentar promover o Encontro das Incríveis”, conta José António Sobreira.

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