Doce Kiki – Uma loja única no Cartaxo

Empresa da Semana

Elisabete Carvalho Antunes abriu a loja Doce Kiki, em outubro de 2012, no Cartaxo, concretizando o sonho de ter uma loja com produtos que adoçam a boca mas também a vista. Inicialmente, abriu num espaço pequeno, na Rua Serpa Pinto, e com produtos mais direcionados para crianças, como gomas, chocolates, rebuçados, bombons… Mas, à medida que foi passando tempo, os próprios clientes iam pedindo mais coisas, “que eu até gostaria de ter, mais para os adultos, como os licores, os chás, as compotas, os vinhos, entre outros”, conta Elisabete, que acabou por mudar-se, há três anos, para um espaço maior, com maior oferta, para perto do negócio do marido, na Rua Dr. Manuel Gomes da Silva, onde se sente melhor posicionada, numa zona de muito movimento e poder de compra.

Inicialmente, Elisabete pensou que esta era uma boa loja para encontrar presentes para homens, porque normalmente é mais difícil encontrar um presente para eles que não seja as habituais gravatas, canetas, carteiras, perfumes, e “aqui eu tenho muita coisa que se pode oferecer a um homem, mas venho a constatar que são mais os homens a comprar para eles e a fazer umas boas ofertas para senhoras. Na sua maioria, os homens não olham ao preço. Querem agradar o mais possível e, quando dou o meu toque final, ficam encantados com o arranjo dos produtos”.

E foi uma boa aposta. “Tenho muitos clientes de fora, muitos deles porque receberam um presente aqui comprado e depois vêm cá, porque apreciaram”, revela. Para além disso, há várias empresas a encomendar as ofertas de Natal na Doce Kiki, algumas das quais clientes fiéis, que voltam todos os anos, tal como as festas de aniversário de crianças que já não passam sem os saquinhos de guloseimas que os aniversariantes oferecem aos convidados. Outros tantos entram na loja diariamente para levar umas gomas, produto que tem muita saída, como pudemos constatar enquanto estivemos na loja à conversa com Elisabete. Miúdos e graúdos entram, pegam no saco e na pinça e servem-se destas guloseimas, vendidas a peso. “Os clientes gostam de fazer a sua seleção à vontade e tenho vindo a notar que começa a haver mais adultos a comprar do que crianças”, repara.

Assim, criou uma loja única no Cartaxo, com um conceito diferente, com a porta aberta de segunda a sábado, à hora de almoço, até às 20h, porque “nós temos de estar disponíveis para os horários das pessoas”, reconhece.

Na Doce Kiki, 99 por cento do que tem à venda está personalizado. “Ao receber os produtos dou-lhes sempre um toque meu no final, na decoração, no efeito, na conjugação das coisas. E não faço muitas coisas iguais”, explica Elisabete, que também aceita encomendas e os clientes podem escolher o que pretendem conjugar. “Tenho muita imaginação e vem-me tanta coisa à ideia”. Conta que enquanto está a desenvolver uma ideia já está com outra em mente para trabalhar outros artigos e tem de os colocar ali por perto para lhes pegar de seguida. “Chego a ter o balcão cheio de coisas, mas sei o que pretendo fazer com todas elas, no meio da confusão. Todos os dias, enquanto vou trabalhando as coisas, não consigo pôr logo no lixo as sobras dos recortes de papel, fitas e de outros materiais que vou utilizando. Fica tudo no chão, porque sinto muita inspiração quando olho para o chão e vejo tanta cor”, entusiasma-se, afirmando que “isto já nasceu comigo, não foi preciso nenhum curso e faço tudo com muito gosto”. Para tal conta com várias gavetas com uma grande variedade de materiais, de diversas cores, para dar largas à sua criatividade e anda sempre em busca de mais coisas para os embrulhos, os conjuntos e e para dar novos efeitos aos produtos.

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“A pessoa sabe que vai oferecer um presente único e diferente do habitual, para além de poder escolher os produtos a combinar”, refere Elisabete, acrescentando que “alguns clientes já confiam completamente em mim. Quando precisam de alguma coisa ligam-me a dizer o que pretendem, mas deixam ao meu critério”. Por exemplo, no Natal passado tive uma encomenda, de última hora, de 25 bouquets com 30 bombons cada e consegui realizar a encomenda, com a ajuda da minha filha, do meu marido e da minha mãe”. São trabalhos que levam muito tempo dada a minúcia do arranjo, que é feito todo manualmente, desde as pétalas de papel até à composição de todo o bouquet. E para conseguir oferecer produtos único e de qualidade, Elisabete diz que, normalmente, tenta “trabalhar com fornecedores que não forneçam num raio de 30 a 50 quilómetros daqui, porque senão acaba por não ter lógica existir”. Os bombons vêm da Bélgica, numa grande variedade, os chás de Espanha, e as compotas vêm um pouco de todo o País, tal como o vinho e os licores são produto nacional. Os vinhos são do Cartaxo – Dois Carvalhos – e do Alentejo, da Adega Maior, “porque também são bons vinhos e com as embalagens muito bonitas, que os torna num presente perfeito”. Já nos licores, tem a Ginja de Óbidos Mariquinhas, o Vinho do Porto, o Licor Beirão e os licores da Farrobinha, em três tamanhos.

Este ano, está presente na Festa do Vinho, onde o chocolate também será atração, e não esconde o entusiasmo, tendo já tudo idealizado na sua cabeça e prometendo produtos para venda e para prova. “Estou curiosa para me aperceber como é que as pessoas reagem ao ver este tipo de loja e produto tão perto delas, porque as pessoas estão habituadas a ver estas lojas noutros sítios, como Santarém ou Lisboa. É bom que saibam que podem encontrar estes produtos mais perto e saber que são produtos de qualidade”. Por outro lado, acha que foi uma boa ideia combinar o vinho com o chocolate: “É perfeito! Acho que foi uma ideia inovadora. Na minha ótica, os mais jovens começam a olhar para o vinho de maneira diferente. O vinho faz-nos relaxar e pode dar desenvolvimento a uma boa conversa. O chocolate é perfeito, porque põe qualquer pessoa bem-disposta”.

Entretanto, na sua loja, cujo nome foi buscar à sua filha Catarina, a quem docemente chama de Kiki, já está tudo preparado para a Páscoa, com uma boa gama de amêndoas e ovos da Páscoa. Ainda assim, qualquer um dos seus produtos é apropriado nesta época. Quanto aos preços, adequam-se a todas as bolsas, indo “desde os três euros, de uma pequena lembrança personalizada, aos 60 euros, dos produtos já expostos e personalizados, porque a pedido de clientes já arranjei presentes de 150 a 200 euros, em embalagens grandes onde faço cabazes”.

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