As câmaras do Cartaxo e de Azambuja já chegaram a acordo para a regulação do trânsito de pesados que atravessa os dois municípios.
O acordo foi alcançado na manhã desta sexta-feira e terá de ser, ainda, levado a Comissão de trânsito e ratificado, quer em Câmara Municipal quer em Assembleia Municipal de ambos os concelhos.
No entanto, este acordo “foi orientado para este princípio: condicionar o trânsito de pesados no atravessamento dos dois concelhos, que tem degradado e prejudicado as condições de segurança e tem agravado as condições das nossas vias municipais, dada a carga a que estão sujeitas”, adiantou Pedro Ribeiro, presidente da Câmara do Cartaxo ao Jornal de Cá. Este acordo vai defender “aquilo que tem a ver com cargas e descargas no nosso concelho, empresas que precisam de ser fornecidas, empresas instaladas dentro do nosso concelho, que terão um estatuto de residentes”, garantiu.
O objetivo é “evitar o atravessamento pelas vias municipais e que este trânsito pesado possa, na sua esmagadora maioria, circular pelas estradas nacionais”, assegurou o autarca.
Um acordo que deixou Pedro Ribeiro “bastante satisfeito. Acho que é um acordo equilibrado, é um acordo que defende os investidores do concelho do Cartaxo e todos os seus clientes e fornecedores e, ao mesmo tempo, também promove mais segurança para quem circula nas estradas municipais e defende a nossa rede viária, já em muito más condições”.
A proibição de circulação de veículos pesados vinha sendo reivindicada há mais de um ano pela Junta de Freguesia de Pontével.
Jorge Pisca, presidente da Junta, diz que só estará satisfeito com o acordo agora alcançado “quando chegar a 15 de maio e ele seja uma realidade. Ao fim de quase dois anos, eu tenho que ter as certezas no terreno”, porque houve “muita reunião e pouca produtividade”.
“Desde o início, eu não queria tirar o trânsito [de pesados] de dentro da vila de Pontével, eu queria tirar o trânsito de dentro das localidades todas da freguesia”, adianta Jorge Pisca, acrescentando que, agora, terá de ser feito um trabalho com a GNR, para saber “quais os sinais que se irá colocar”.
Lembrando que o acordo permite a circulação de pesados para cargas e descargas e empresas residentes, Jorge Pisca espera que “se for só o trânsito local e as cargas e descargas, se calhar iremos reduzir o trânsito pesado em cerca de 80 por cento. E é isso que nós queremos”, finaliza.
Este acordo deverá ser implementado no terreno na primeira quinzena de maio.