Quem se abstém de ir às urnas não têm interesse no futuro do concelho?

Este semana é tema de conversa a queda da participação eleitoral e os motivos que levam os eleitores a ficar em casa e a faltar ao dever cívico de votar. O convidado deste episódio é o Pedro Ribeiro.

Pedro Ribeiro, 48 anos, licenciado em economia, é presidente da Câmara Municipal do Cartaxo há oito anos e candidata-se novamente ao cargo nestas eleições autárquicas.

Hoje vamos falar da queda da participação eleitoral. No Cartaxo, em eleições autárquicas, de eleição para eleição, votam cada vez menos pessoas.

Sabemos que o segmento entre os 30 e os 44 anos é onde se encontra a maior abstenção. Sabemos que metade das pessoas residentes no concelho do Cartaxo não vão às urnas.

Umas não vão porque não se identificam com os projetos políticos e estão cansadas dos protagonistas. Outras dizem que o seu voto não conta para nada. Outras, ainda, não votam porque entendem que a abstensão é uma forma de protesto.

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Seja como for este é um assunto que de quatro em quatro anos, após a noite eleitoral, é falado. Os políticos dizem-se muito preocupados, lamentam que assim seja, e depois o assunto é esquecido até às próximas eleições.

Uma coisa é certa o sistema não está desenhado para facilitar a vida ao eleitor e os esforços institucionais para inverter esta situação têm sido modestos.

A manter-se esta tendência o povo fará cada vez menos parte da equação democrática. E como já alguém disse, e muito bem, “a democracia é o único sistema que garante que a lei é soberana e não que o soberano é lei”.

Conversa Afiada é um programa áudio digital do Jornal de Cá com Fátima Rebelo e Pedro Mendonça.

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