Requalificação das piscinas municipais estima-se que atinja os 3 milhões de euros
O projeto para a requalificação e modernização das piscinas municipais interiores está pronto e foi apresentado publicamente esta semana. Vai custar cerca de três milhões de euros, e “vai ser um equipamento digno”, que pode atrair pessoas ao concelho com a realização de provas regionais da Federação Portuguesa de Natação, e “acima de tudo, onde podemos ajudar a nossa população a praticar desporto de uma forma saudável e segura”, sublinha João Heitor.
O projeto da requalificação e modernização das piscinas municipais interiores está pronto e foi apresentado publicamente esta semana. Depois de muitos recuos, desde do colapso da maquinaria em 2022, “chegámos a 2023 e percebemos que tínhamos mesmo que fazer um projeto de raiz para este equipamento”. Um projeto que conforme foram aparecendo obstáculos foi crescendo em complexidade e dimensão e acabou por se tornar “para mim, pessoalmente, e para a nossa divisão de obras, o projeto que mais problemas trouxe”, admitiu João Heitor, esta terça-feira, 27 de maio, durante a apresentação pública, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
O traçado do edifício é mantido, mas o equipamento vai ser totalmente renovado, desde as acessibilidades que vão ser melhoradas, incluindo pessoas com mobilidade reduzida, ao conforto térmico e eficiência energética, estão previstas zonas para professores e funcionários, zonas delimitadas para homens e mulheres e uma zona para os pais, na área dos balneários. Foi envolvida a Federação Portuguesa de Natação para se seja possível no futuro receber competições regionais, o que até aqui não era possível uma vez que as piscinas, não tinham, por exemplo, as dimensões necessárias, agora vão ter.
Tudo começou, em março de 2022, com o colapso da maquinaria que permite o funcionamento das piscinas interiores. De lá para cá a Câmara Municipal procurou junto dos especialistas em equipamentos mecânicos, resolver o problema. Mas sem sucesso. Entretanto, pelo caminho foram encontrando problemas e situações impossíveis de reabilitar. É um equipamento com mais de trinta anos e que ao longo do tempo não teve a manutenção devida, mas não é só isso, o edifício está desajustado relativamente às exigências atuais, como por exemplo em questões de resistência sísmica e de segurança, que acabaram por contribuir para a dimensão que o projeto viria a atingir.
Depois de concluído, e com uma estimativa de custo na ordem dos 2 milhões de euros, o Município teve que “rever a estrutura de fundos do FEDER, do 2030, para conseguirmos alocar a este projeto, no eixo de eficiência energética, um valor de cerca de 1.200.000€”. Entretanto, fizeram consultas ao mercado antes de lançar o concurso, mas “nenhum construtor civil deu esse valor”, ou seja, os valores foram acima dessa estimativa, “daí, nós termos lançado este concurso com um valor de cerca de 2 milhões e 800 mil euros, mais IVA, o IVA 6%, vai dar cerca de 3 milhões de euros”, explica João Heitor.
O Município tem a perspetiva de iniciar as obras este ano, e de que no próximo ano as piscinas possam estar abertas ao público, “de forma a que possamos receber provas regionais, respeitando aquilo que são os regulamentos impostos pela Federação, garantindo segurança, garantindo acessibilidade, garantindo conforto, garantindo eficiência energética, e apresentando um equipamento que, com as limitações que tem, porque vai sempre ter, nunca será uma piscina olímpica, mas vai ser um equipamento digno e onde nós podemos potenciar para atrair pessoas para o nosso concelho, e acima de tudo, onde podemos ajudar a nossa população a praticar desporto de uma forma saudável e segura”, assegura João Heitor.