62 anos, professor, casado com a Rosário e pai do Pedro e da Diana. Vive em Vila Chã de Ourique, no sales: “a olhar para o Cartaxo”.
Mário Júlio Reis escolheu, para ilustrar este perfil, ser fotografado em Valada com o rio Tejo como pano de fundo “por ser um dos símbolos naturais deste concelho”. É um homem «de esquerda» porque é onde encontra “as respostas que considero mais apropriadas à minha visão humanista, solidária, justa e ecológica da sociedade e do planeta”.
Eu sou
Organizado e exigente. Tolerante apenas na medida do que acho justo.
É professor do ensino básico, dirigente associativo e um cidadão ativo no concelho, entusiasma-o a possibilidade de “alterar o rumo dos acontecimentos «normais» pela intervenção solidária, cívica e abnegada dos cidadãos. A participação dos cidadãos na vida das comunidades é um ideal que persigo há muitos anos e sinto-me muito feliz por saber que já existem práticas de participação e cidadania em muitos espaços do território nacional: infelizmente o Cartaxo ainda está no grau quase zero da participação”. Acredita que são as organizações que devem começar por criar as condições essenciais para possibilitarem a participação dos cidadãos: “nos nossos programas eleitorais, nas nossas propostas privilegiamos sempre as metodologias de participação”.
Eu gosto
De trabalhar (enquanto professor) com e para os meus alunos. De interpretar os meus medos para melhorar a minha atividade. De aprender seja o que for. De um bom texto de teatro. De comidas simples pouco temperadas. De elefantes (têm muito para ensinar à raça humana!). De uma boa conversa.
Foi cabeça de lista pela CDU à Câmara Municipal do Cartaxo, devido ao “grupo de trabalho que se enriqueceu no seio da coligação e, também, pesou o facto de ainda não termos conseguido fazer vingar a maior parte das propostas da CDU para o Concelho. Pesaram os pesadíssimos (!) dossiês que envolvem a governação local”, explica.
Eu quero
«Uma terra sem amos»! Um concelho onde os cidadãos sejam ativos participantes nas decisões fundamentais para o seu bem estar.
Para Mário Júlio é urgente fazer “o mais profundo diagnóstico às contas do Município, estratificar a dívida segundo as suas necessidades e estipular os critérios de pagamento a partir dos fornecedores locais. Devolver a distribuição da água ao governo municipal eleito pelo Povo. Estimular a economia local a partir da oferta turística e rentabilizar os investimentos feitos no Parque Central”.
Eu não sou
Vaidoso.
Na sua opinião o Cartaxo sofreu “a mais fantástica delapidação do património verde urbano (falo da praça 15 de dezembro), perseguindo-se um ideal de desenvolvimento assente no betão e no veículo automóvel, e esta decisão agora surge orfã de decisão política… até parece que não foi aprovada em Câmara!”, conclui.
Eu não gosto
De falar de mim, de exibir a minha vida privada. Do poder. De miséria. Da ignorância. De vinho. De divertimentos humanos que recorrem à humilhação e sofrimento de (outros) animais.
No seu entender a CDU marcou a diferença “por não olhar para as suas bandeiras, mas por saber entender os sinais positivos das decisões favoráveis à população do Cartaxo, e contestou as decisões que considerou erradas, esteve ao lado das decisões que considerou corretas”.
E salienta, “soubemos ser discretos: não consideramos a atividade política uma passerelle de vaidades, nem uma montra de exposição, nem uma catapulta para alcançar objetivos privados e particulares”.
Eu não quero
Perder a minha independência, a lucidez, a capacidade de aprender. Ser governado por interesses obscuros. A revisão de Constituição da República Portuguesa. A guerra civil. O poder pelo poder, pela «vã glória de mandar».
Perante uma possível vitória no dia 29 de setembro nas eleições autárquicas, garante “o Mário Júlio nunca ganhará nada: será sempre a população do Cartaxo a alcançar as vitórias que entender mais favoráveis”.
Este texto foi publicado na Revista DADA, edição impressa nº45, em agosto de 2013, ano de eleições autárquicas. Mário Júlio Reis era cabeça de lista pela CDU à Câmara Municipal do Cartaxo