Secundária do Cartaxo – uma escola marcada pelo fogo
No episódio 5, da segunda temporada, da série documental ‘O Tempo que Fala’, destacamos a Escola Secundária. É o maior complexo escolar da cidade e foi o primeiro edifício público construído no Cartaxo em democracia. Passados apenas cinco anos da sua inauguração, aconteceu na Escola Secundária a maior tragédia humana de que há memória na história do século XX no Cartaxo. Foi há 40 anos, no dia 25 de janeiro de 1985.
É o maior complexo escolar da cidade. Começou a ser utilizado a 17 de novembro de 1980, e foi o primeiro edifício público construído no Cartaxo em democracia.
A Escola Secundária do Cartaxo foi projetada pelo arquiteto João Paciência, a obra foi lançada em 1977, pela Direção-Geral do Equipamento Escolar, e foi construída em terrenos adquiridos pela Câmara Municipal.
Custou cerca de 90 mil contos, com capacidade para 1.200 alunos, foi projetada para tirar o melhor proveito do espaço, segundo disse João Paciência em conversa com o historiador Pedro Gaurim. O depósito de água elevado que ali já se encontrava, e que o arquiteto achou que tinha um bom desenho, acabou por ajudar a estruturar todo o espaço servindo como eixo de toda a composição em quarto de círculo ao seu redor.
Passados apenas cinco anos da sua inauguração, aconteceu na Escola Secundária a maior tragédia humana de que há memória na história do século XX no Cartaxo. Ao longo de 40 anos, o dia 25 de janeiro de 1985 nunca mais foi esquecido. A explosão na Escola Secundária foi um dia que abalou não só todo o concelho, mas também o país, foi notícia nos jornais e na televisão, vitimou 15 alunos, dois dos quais mortalmente.
Um dia fatídico relembrado na redação do Jornal de Cá (em 2018) por oito alunos daquela turma.
São convidados neste episódio: Pedro Gaurim, historiador de arte, e Vasco Cunha, ex-deputado na Assembleia da República e ex-autarca no Cartaxo.