A Taxa de Ocupação de Subsolo (TOS) continua a dar que falar no Cartaxo, com consumidores a queixarem-se de continuar a receber elevados valores na fatura.
“Estamos em março e voltamos a receber a fatura com valores impensáveis”, escreve-nos um leitor indignado com o valor a pagar. Entretanto, o Jornal de Cá sabe que, assim como este leitor, outros consumidores de gás natural continuam a receber um valor elevado da TOS na fatura da energia, mas que há também quem já tenha recebido a última fatura de energia sem valores referentes ao consumo e à taxa do gás, com a indicação de que esses valores serão emitidos posteriormente.
A regularização dos valores nas faturas dos consumidores já está a decorrer desde fevereiro, segundo a empresa, e será feita de acordo com o sistema de comercialização e de cobrança que cada entidade comercializadora estabeleceu contratualmente com os seus clientes.
A 25 de fevereiro, em ofício à Câmara Municipal do Cartaxo, a empresa afirmava estar a “desenvolver todas as diligências para retomar o processo de faturação (na primeira semana de março), com a correção dos montantes respeitantes à TOS, com efeitos a partir de 1 de janeiro”.
Isto depois de o Município do Cartaxo ter apresentado uma proposta de acordo à empresa, no sentido de desonerar os consumidores de gás natural do Cartaxo dos valores que vêm sendo cobrados desde janeiro, referentes a quatro anos de TOS, repercutidos agora nas faturas de 2021.
“O entendimento a que chegámos garante a reversão da taxa já cobrada aos consumidores e diminui substancialmente o valor mensal”, disse na altura o presidente da Câmara do Cartaxo, que já havia referido que estavam em cima da mesa negociações no sentido de cancelar a cobrança da TOS aos clientes quer da Tagusgás quer das restantes entidades comercializadoras (Galp Power, EDP, Endesa e Gold Energy), já depois da Tagusgás ter suspendido essa cobrança.
Estas e outras questões sobre a TOS foram debatidas em reunião de Câmara e Assembleia Municipal, que acompanhámos e lhe damos a conhecer na edição de março do Jornal de Cá, nas bancas do concelho do Cartaxo.
Contudo, muitas questões ainda estão por responder e o Jornal de Cá mantém-se a acompanhar a situação para melhor poder informar os nossos leitores.