Chegaram as vindimas!

Por Hugo Vieira
Final de agosto e princípio de setembro marca o início das vindimas no concelho do Cartaxo, uma das épocas agrícolas mais importantes para o concelho. Depois de começar a azáfama do tomate, caracterizada pelos camiões carregados dum produto também rei no nosso concelho, a vindima é, no entanto, indiscutível no que diz respeito à distribuição da produção. Desde o camião ao trator de varais, desde a máquina de vindimar à família e amigos, é o produto agrícola que mais gerações marca e que todos sentem proximidade.

De segunda a domingo, a uva agora é quem manda, seja para vender ou para vinificar em casa, não há dia de descanso que se sobreponha à vontade da vinha e do vinho.
Importa, no entanto, não descurar a segurança rodoviária, quer os produtores com excesso de carga que possa transbordar para a via pública, como os restantes automobilistas que devem estar duplamente atentos ao piso escorregadio nesta altura.

Para ter o melhor resultado possível, entre outros conselhos, verifique o teor de álcool provável das suas uvas antes de iniciar a vindima. Pode recorrer a um refratómetro de bolso (normalmente à venda em qualquer loja da especialidade), ou também aos serviços de um laboratório, tendo no caso do concelho do Cartaxo a vantagem de poder contar com o apoio da VitiCartaxo nestas matérias. A VitiCartaxo situa-se atualmente nas instalações da antiga Escola do Centro e presta apoio aos vitivinicultores dos concelhos do Cartaxo e Azambuja.

Se vinifica em casa, confirme também a acidez antes da fermentação para, caso necessário, poder corrigir com ácido tartárico a mesma. Mais uma vez, aqui pode também recorrer aos serviços e aconselhamento da VitiCartaxo nestas e noutras matérias para que consiga aquele vinho “especial” que enche de orgulho qualquer vitivinicultor.

Com a vindima a caminho, começa também a sentir-se o cheirinho a fermentação da uva no ar. Há lá aroma mais belo que o de uma boa lagarada pisada a pés descalços!


Hugo Vieira é Consultor Agro-Alimentar. Artigo publicado na edição impressa de setembro do Jornal de Cá

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