Hoje, que se assinala o Dia Europeu da Internet Mais Segura, a Polícia de Segurança Pública (PSP) alerta para a especial necessidade de os cidadãos se manterem atentos aos vários riscos associados à internet.
Se, por um lado, a internet se assume cada vez mais como uma ferramenta incontornável do dia a dia, para a realização de pagamentos ou a realização de atividades letivas e de formação, por outro, o leque de riscos tem crescido em igual proporção, constata a PSP.
A internet é, quotidianamente, utilizada de forma transversal por toda a população e todas as faixas etárias, especialmente através do acesso às redes sociais. Assim sendo, os perigos associados à internet ganham um alcance muito mais vasto, entrando no campo da “criminalidade virtual”, alerta a PSP.
De entre os vários riscos já identificados, no presente ano e contexto, a PSP destaca os seguintes:
– Disseminação de informação falsa, adulterada, dúbia ou enganadora/fake news. Fenómeno que tem ganho expressão com o aumento do uso das redes sociais e ao qual os cidadãos podem escapar, recolhendo e confirmando a informação em páginas dos organismos oficiais.
– Burlas informáticas no contexto de transações eletrónicas, nomeadamente no momento do pagamento através de MBWay ou cartões de crédito. A PSP aconselha que, para evitar a vitimização por intermédio de métodos como o phishing, smishing, vishing e outros esquemas de compras online, os cidadãos devem informar-se previamente com a entidade bancária sobre o funcionamento do método de pagamento que pretendam utilizar, nunca aceitando que pessoas que não conheçam os orientem na utilização desses meios pela primeira vez.
– Recolha ilícita de dados pessoais/phishing. Consiste na prática de recolha de dados, cedidos voluntariamente pelos cidadãos, que julgam estar a proceder à partilha dessa informação para fins lícitos. A posse de alguns dados pessoais (por exemplo, nome, data de nascimento, conta de correio eletrónico e respetiva senha de acesso) é o suficiente para um terceiro se fazer passar pelo titular dos dados e praticar diversos crimes.
– Divulgação de vídeos de cariz íntimo, como meio de chantagem, nomeadamente após o términus de relações amorosas. Situações que, segundo a PSP, são cada vez mais recorrentes, ainda que se tenha registado um decréscimo no número de crimes desta natureza, ao longo do último ano.
Os jovens, por muitos motivos, constituem um grupo especialmente vulnerável à vitimização por crimes concretizados por intermédio da internet, valorizando (ainda mais) a monitorização parental. Como tal, desde 2015, que a PSP assegura, em parceria com a Fundação Altice, o Programa “Comunicar em Segurança”, com o objetivo de alertar e sensibilizar os jovens que frequentam estabelecimentos de ensino para a necessidade de uma utilização segura e responsável da internet e dos telemóveis.
No contexto deste projeto, a PSP e a Altice disponibilizam conteúdos pedagógicos atualizados e adaptados aos vários escalões etários contendo ainda diversos conselhos para os pais/encarregados de educação e professores. Esses documentos podem ser consultados em www.comunicaremseguranca.sapo.pt.
A PSP diz ainda estar permanentemente disponível para apoiar a comunidade escolar e os pais na sensibilização das crianças e jovens para os perigos da utilização da internet, e em tornar esta ferramenta mais segura, nomeadamente através do contacto direto com as equipas da Escola Segura ou através do e-mail escolasegura@psp.pt.
A PSP lembra que a denúncia de todos e quaisquer crimes praticados através da internet (ou qualquer outro método) é essencial para que se possa atuar de forma proativa e dar início ao processo de investigação, chegando assim mais rapidamente à identificação dos seus autores.
O Dia Europeu da Internet Mais Segura é uma iniciativa da rede INSAFE com o apoio da Comissão Europeia, que procura contribuir para a consolidação de uma internet mais segura para todos, especialmente para os mais jovens.